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Venda de soja 20/21 pode chegar a 50% até o plantio, importação é possível, diz Safras.

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A comercialização antecipada da safra 2020/21 de soja do Brasil pode chegar a 50% da produção esperada até o início do plantio, previsto para meados de setembro, impulsionada pelo alto patamar de câmbio que favorece as exportações da commodity, afirmou a consultoria Safras & Mercado nesta sexta-feira.

Durante videoconferência, o consultor da Safras Luiz Fernando Roque disse que, normalmente, a indicação é que cerca de 30% da produção esperada esteja comercializada até o plantio, mas como este patamar já foi alcançado atualmente, “plantar a safra 2020/21 com 50% vendida é uma estratégia interessante”.

“Estamos com 30% da safra 2020/21 comercializada. Acho que é interessante ir aproveitando (o câmbio) para ir travando (mais vendas) e… entrar na colheita com o cenário muito favorável”, afirmou.

Nesta semana, a consultoria Datagro informou que o Brasil atingiu recorde na comercialização antecipada de soja 2020/21, com 28,2% da produção esperada, ao superar a marca de 12% obtida em 2016 e com nível muito acima da média de cinco anos, de 6,7%.

Além do dólar alto, as negociações são influenciadas pela ampla demanda chinesa. O país busca o grão no mercado internacional para processar internamente e utilizar como ração, enquanto recompõe o plantel de suínos dizimado pela peste suína africana.

“Estamos entendendo que a China vai comprar até mais que o esperado (em soja) nesta temporada”, disse o consultor da Safras.

Com o grão produzido no ciclo de 2019/20, as exportações de soja do Brasil já alcançaram recorde para a série histórica de janeiro a abril tanto em valor (11,50 bilhões de dólares), quanto em volume (33,66 milhões de toneladas), apesar da queda de 4,2% no preço médio do produto.

A China foi responsável por 73,4% das aquisições da oleaginosa brasileira no primeiro quadrimestre de 2020, com aumento de 26,6% em relação ao mesmo período do ano anterior, disse o ministério em nota nesta sexta-feira.

Sobre o plantio da próxima temporada, o consultor da Safras & Mercado espera redução na área de milho verão para avanço nas áreas semeadas com soja. Para ele, a elevação na semeadura de milho deve acontecer somente na segunda safra 2020/21.

Ele não fez previsões de área para a próxima safra.

Estimativas do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) indicam que a produção de soja do Brasil pode alcançar 131 milhões de toneladas na próxima safra, número que Roque avaliou como razoável em vista da percepção de aumento no plantio.

ESMAGAMENTO

Neste cenário de vendas aquecidas, Roque destacou que cresce a possibilidade de importação da oleaginosa pelo Brasil no segundo semestre, em regiões de fronteira, para atender a demanda interna da indústria processadora até o fim do ano.

“Se a exportação for muito maior (ante 2019), Estados como Mato Grosso do Sul e Paraná são regiões com possibilidade de importar soja para processar… É uma possibilidade crescente porque a tendência é de uma oferta baixa de soja no fim do ano.”

Segundo ele, a indústria de carnes deve ser a principal provedora de demanda por farelo de soja, para alimentação na pecuária, dada a perspectiva positiva para as proteínas de origem animal.

“As exportações de carnes também estão muito aquecidas para a China… o setor de carnes vai ser um fator positivo para o esmagamento no Brasil no segundo semestre”, disse Roque.

05 dicas para o correto tratamento de sementes de soja.

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De acordo com a publicação, das aproximadamente 77 milhões de toneladas destinadas a outros países, cerca de 66 milhões serão enviadas para o país asiático.

Vários motivos contribuem para esta ampla aceitação internacional, entre eles a elevada qualidade da produção brasileira, impulsionada pelo manejo correto do solo, escolha das sementes com base em rigorosos critérios e proteção dos cultivos.

Neste contexto, destaca-se o tratamento das sementes, prática fundamental para garantir a alta produtividade com excelência.

Confira a seguir cinco dicas da Laborsan Agro para você não errar na hora de executar esta tarefa:

1. Excelência do cultivo

O controle de qualidade das sementes é um fator fundamental para assegurar a excelência de um cultivo em uma propriedade. Com técnicas adequadas, obtém-se rendimentos elevados na lavoura, a chamada alta produtividade.

2. Aplicação

O tratamento de sementes consiste na aplicação de defensivos químicos ou biológicos, como fungicidas e inseticidas nas sementes. Após o tratamento, as sementes são protegidas das condições adversas especificadas e tem como objetivo suprimir, controlar ou afastar fungos, insetos e outras pragas que atacam as sementes. Desde o solo até a formação das plantas.

Certifique- se que o equipamento de aplicação esteja calibrado, isso garantirá que a dose desejada dos produtos fitossanitários será aplicada nas sementes.

3. Características

É importante destacar que a qualidade das sementes pode ser medida por meio de características genéticas, físicas, fisiológicas e sanitárias. Atente-se a cada um desses aspectos. É recomendável fazer uma lista com todos estes pontos e realizar uma observação criteriosa. Lembrando que é de suma importância adquirir sementes certificadas, alto vigor e se possível com rastreabilidade. Conhecer seu fornecedor de sementes garante o sucesso e produtividade de lavoura.

4. Medidas preventivas

O tratamento de sementes está totalmente associado à prevenção. Quando bem executado, contribui diretamente para o combate aos fitopatógenos, ou seja, os fungos e pragas de solo.

5. Quadro da propriedade

Antes de iniciar o tratamento, identifique o quadro da propriedade. Responda estas importantes perguntas: Qual é o tipo de manejo utilizado? Quais as pragas que afetam a região da sua propriedade? Com qual frequência a sua propriedade é atingida por pragas? Houve perdas significativas nas últimas safras?

Sempre que for tratar sementes, cuide de sua segurança e saúde, use EPI.

Altas produtividades do algodão passam pelo manejo adequado de pragas e doenças.

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Com o final do ano safra 2019/20 se aproximando, os produtores de algodão já relatam um bom ciclo para o cultivo, repetindo os índices de produtividade da colheita anterior – que marcaram números recordes dentro da série histórica de produção da pluma. “Mesmo com o problema de estiagem no início do plantio em algumas regiões, o cotonicultor conseguiu contornar as possíveis perdas pelo clima e seguir uma boa safra no Cerrado”, comenta Érick Cancian, gerente de proteção de cultivos para o Algodão da Bayer.

Desde fevereiro, a retomada das chuvas regulares e bem distribuídas, no Mato Grosso e na Bahia, favoreceram o desenvolvimento do cultivo. A maior parte das lavouras, principalmente as de safrinha na região mato-grossense, está entre o estágio de florescimento e enchimento dos frutos. “Neste período, é de extrema importância o monitoramento contínuo das doenças foliares e do bicudo-do-algodoeiro, que têm causado grandes perdas para o algodão nos últimos anos. Por isso, o cotonicultor deve estar atento às aplicações corretas de fungicidas e inseticidas para obter o máximo de produtividade”, completa Cancian.

No Cerrado, onde se concentra a maior parte da produção nacional da pluma, as condições climáticas, de alta umidade, são favoráveis à incidência de fungos, com destaque para a mancha de ramulária e a mancha alvo. Pensando no desafio que é fazer o controle de doenças neste ambiente, a Bayer desenvolveu o fungicida Fox®Xpro, que conta com três ingredientes ativos, que possibilitam ação tríplice no complexo de doenças do algodão. A fórmula atua nas diferentes fases do ciclo de vida do fungo e proporciona mais sanidade das plantas – o que se transforma em maior potencial produtivo.

“A carboxamida, presente na formulação do produto, é uma importante aliada para o produtor, contribuindo com outros modos de ação, sejam eles de sítio específico ou multissítio. Vale reforçar que o agricultor deve pensar, sempre, em todo o sistema produtivo da cultura para ter um controle cada vez mais efetivo destas doenças nas lavouras. A mancha alvo, por exemplo, é uma doença muito importante na soja e que no algodão tem ganhado relevância – por isso é importante que o manejo preventivo do fungo seja feito considerando todo o sistema, já que a doença pode permanecer nos resíduos da cultura anterior”, reforça Cancian.

Quando o assunto é praga, segundo o especialista, o produtor deve se atentar ao bicudo-do-algodoeiro – que pode impactar 70% a produtividade da pluma. Diversas características tornam o inseto uma praga de difícil controle no algodão, como: a diapausa, o ciclo biológico curto e a alta capacidade reprodutiva. Por isso, entre as estratégias de manejo da praga, a aplicação de inseticidas é uma importante ferramenta.

“No caso do bicudo, a Bayer passou a oferecer, recentemente, uma nova solução, que é o inseticida Curbix®. O produto proporciona efeito de choque e residual prolongado no controle do inseto. Seu uso é indicado para programas de manejo de resistência a inseticidas. Dessa forma, é possível reduzir a pressão de seleção de pragas menos sensíveis aos defensivos e manter altos níveis de controle do bicudo na cultura”, explica.

O manejo de pragas na cotonicultura começa pela escolha da biotecnologia

Outra ferramenta essencial para aprimorar o controle das pragas é a escolha da biotecnologia. Segundo Rafael Mendes, líder da área de sementes para algodão da Bayer, a empresa, este ano, conquistou a preferência dos cotonicultores com variedades contendo a tecnologia Bollgard II RR Flex™.

“Alguns números reforçam esta posição, os estudos da AMIS/Kleffmann e da BIP/Spark mostram que, nas últimas safras, os produtores que utilizaram a biotecnologia da Bayer atingiram uma produtividade, em média, de 12 arrobas de plumas por hectare a mais. Gerando um potencial de ganho de 309 dólares por hectare, somente em produtividade e rendimento de fibra”, detalha Mendes.

A Bollgard II RR Flex™ é parte da estratégia da Bayer para o manejo de insetos na cultura do algodão e traz para o cotonicultor proteção contra os danos causados pelas principais lagartas da cultura, como: falsa medideira, curuquerê, lagarta rosada e lagarta da maçã.

“No que tange o controle de plantas daninhas, o produtor tem a flexibilidade para usar o glifosato em seu manejo, uma vez que biotecnologia é tolerante a este herbicida. Trata-se, portanto, de uma solução que protege e potencializa a produtividade do cotonicultor, gerando um benefício potencial total de 639 dólares por hectare ao agricultor. Por isso, diversas cultivares com a tecnologia Bollgard II RR Flex™ estão à disposição do agricultor, sendo comercializadas por algumas empresas de melhoramento genético de algodão, como a Embrapa, IMA, TMG e DELTAPINE”, completa.

Para Maurício Garcia, diretor de negócios da Tropical Melhoramento & Genética (TMG), o uso da biotecnologia é essencial para garantir mais rentabilidade ao cotonicultor. “A cultura do algodão exige um alto investimento em inovação e nível técnico para garantir um aumento de produção, safra a safra, como vem acontecendo no Brasil. Isso quer dizer que a adoção de uma boa biotecnologia, hoje, é quase unânime entre os produtores da cultura, uma vez que, sem dúvida, ela garante mais segurança no manejo de pragas e plantas daninhas e, consequentemente, nos índices de produtividade e qualidade da pluma”, conclui Garcia

Como a agricultura digital pode contribuir com a produtividade?

Soluções como o Climate FieldView™, que coleta e processa automaticamente dados de campo de forma simples e integrada, gerando mapas e relatórios em tempo real, permitem que o cotonicultor entenda os fatores que estão impactando a produtividade e, com isso, tome melhores decisões para as próximas safras – como onde é preciso cuidar mais do solo, da planta ou das pragas e doenças.

“É possível, durante a própria safra, corrigir eventuais problemas que são identificados, por meio das informações das operações de plantio, pulverização e dos mapas do Diagnóstico FieldView”, esclarece o consultor de Experiência do Cliente da Climate, Pedro Antonelli.

Segundo o especialista a ferramenta registrou sua primeira safra na cotonicultura brasileira em 2018. “Este é o segundo ano da Climate FieldView™ no cultivo e já tivemos bons resultados no campo. É importante destacar que a cultura do algodão é de alto valor agregado e muita técnica, neste sentido a ferramenta tem ajudado muitos cotonicultores na garantia da qualidade das operações, como a de pulverização, por exemplo”, finaliza.

A Bayer se preocupa em oferecer não só um portfólio integrado de produtos e serviços, mas também uma experiência completa, com toda uma rede de apoio ao cliente e uma equipe de especialistas, que presta todo o suporte necessário ao agricultor. Para saber mais acesse: agro.bayer.com.br.

Mapa publica zoneamento do amendoim e do consórcio milho com braquiária de 1ª safra.

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Foram publicadas no Diário Oficial da União desta segunda-feira (18) as portarias com o Zoneamento Agrícola de Risco Climático (Zarc), ano-safra 2020/2021, para o cultivo de amendoim para todas as unidades da Federação e também para o plantio do consórcio milho com braquiária de 1º safra no Distrito Federal e em 14 estados (Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Bahia, Maranhão, Piauí, Acre, Pará, Tocantins, Espírito Santo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo e Paraná).

O coordenador-geral de Risco Agropecuário do Departamento de Gestão de Riscos da Secretaria de Política Agrícola do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Hugo Borges, explica que o cultivo de amendoim foi indicado para todos os estados e milho consorciado com braquiária de 1º safra teve como principal novidade a indicação na região do Matopiba.

“O cultivo do amendoinzeiro pode ser realizado em uma larga faixa de climas, desde as equatoriais até as temperados, sempre observando a janela ideal para o plantio conforme indicado no Zarc. O amendoim e o consórcio milho com braquiária são importantes cultivos para sistemas de produção sustentáveis. O amendoim vai muito bem em sucessão para reforma de canaviais e pastagens, já a braquiária plantada junto com o milho permite, além da produção do milho, recuperar pastagens degradadas, produzir mais alimento aos animais e a incorporação de matéria orgânica para plantios subsequentes na mesma área”, destaca.

Vídeo 

O Mapa acaba de lançar um vídeo para, de forma bem simples e objetiva, esclarecer como o trabalho de Zoneamento é feito e como ajuda os agricultores a mitigarem as consequências dos riscos climáticos. 

 

Culturas importantes para sistemas de produção sustentáveis

O estado de São Paulo é o maior produtor de amendoim e grande parte do total produzido é oriundo de áreas de renovação de canavial.

Em relação ao milho com braquiária, a associação entre o sistema plantio direto e o consórcio entre culturas anuais e pastagens é uma das opções que apresenta maiores benefícios, como maior reciclagem de nutrientes, acúmulo de palha na superfície, melhoria da parte física do solo, pela ação conjunta dos sistemas radiculares e pela incorporação e acúmulo de matéria orgânica, além de ser mais sustentável em relação ao cultivo convencional.

Aplicativo Plantio Certo

Produtores rurais e outros agentes do agronegócio podem acessar por meio de tablets e smartphones, de forma mais prática, as informações oficiais do Zarc, ferramenta utilizada para orientar os programas de política agrícola do governo federal. O aplicativo móvel Zarc Plantio Certo, desenvolvido pela Embrapa Informática Agropecuária (Campinas/SP), está disponível no sistema Android.

Os resultados também podem ser consultados e baixados por meio da plataforma “Painel de Indicação de Riscos”.

Para que serve o Zarc?

O zoneamento tem o objetivo de reduzir os riscos relacionados aos problemas climáticos e permite ao produtor identificar a melhor época para plantar, levando em conta a região do país, a cultura e os diferentes tipos de solos.

O modelo agrometeorológico considera elementos que influenciam diretamente no desenvolvimento da produção agrícola como temperatura, chuvas, umidade relativa do ar, ocorrência de geadas, água disponível nos solos, demanda hídrica das culturas e elementos geográficos (altitude, latitude e longitude).

Os agricultores que seguem as recomendações do Zarc estão menos sujeitos aos riscos climáticos e ainda poderão ser beneficiados pelo Programa de Garantia da Atividade Agropecuária (Proagro) e pelo Programa de Subvenção ao prêmio do Seguro Rural (PSR). Muitos agentes financeiros só liberam o crédito rural para cultivos em áreas zoneadas.

Workshops virtuais abordam oportunidades e perspectivas para a cadeia do açaí.

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Dando continuidade à iniciativa de debate com atores das principais cadeias de valor da sociobiodiversidade da Amazônia, foi realizado na última semana o terceiro workshop virtual dos Diálogos Pró-Açaí, uma iniciativa do Projeto Mercados Verdes e Consumo Sustentável, parceria entre o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), por meio da Secretaria de Agricultura Familiar e Cooperativismo (SAF), e a Cooperação Alemã para o Desenvolvimento Sustentável (GIZ). 

Assim como ocorreu com a cadeia da castanha-do-Brasil, os encontros do açaí reuniram diversos atores da cadeia de valor para debater desafios, oportunidades, perspectivas e soluções para agendas consideradas relevantes, como a agenda de sustentabilidade, a agenda de gestão da informação, e, agenda de governança do setor. 

Participaram dos eventos 94 técnicos, de mais de 40 instituições diretamente ligadas à cadeia do açaí, incluindo empreendimentos da agricultura familiar (cooperativas e associações) e 10 empresas compradoras e beneficiadoras de açaí. Estiveram presentes ainda órgãos governamentais, instituições do terceiro setor, universidades e órgãos de pesquisa. 

Cadeia do Açaí

A cadeia do açaí e derivados movimenta mais de US$ 720 milhões por ano no mundo, de acordo com boletim publicado pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). E o Brasil, maior produtor do fruto no mundo, produz mais de 1,5 milhão de toneladas por ano, segundo o IBGE. O mercado desse importante produto da economia amazônica tem se mostrado crescente, apresentando uma perspectiva de taxa de crescimento de mais de 12% para os próximos anos. 

Além de ser muito valorizado pelo seu caráter nutricional – por possuir elevado potencial antioxidante – pela indústria alimentícia, nutracêutica e cosmética, o açaí possui uma cadeia de produção que traz importantes benefícios sociais, econômicos e ambientais para a Amazônia. 

O Censo Agropecuária IBGE 2017 aponta que a cadeia beneficia aproximadamente 150 mil famílias de extrativistas e agricultores familiares. A maioria deles organizadas em quase 200 empreendimentos comunitários (cooperativas e associações) na Amazônia, como aponta levantamento realizado pelo projeto Mercados Verdes. Com base em estudo realizado pela Secretaria de Desenvolvimento Agropecuário e da Pesca do Estado do Pará, estima-se que aproximadamente 300 mil pessoas estejam envolvidas na cadeia do açaí, entre produtores, batedeiras, indústrias, varejos e serviços em geral.

Diálogos Pró-Açaí

Por sua importância para a bioeconomia da Amazônia, o objetivo desta iniciativa é reforçar o diálogo técnico e político entre os atores da cadeia; apoiar parcerias estratégicas e cooperação; fortalecer o intercâmbio e troca de experiências; melhorar o ambiente de negócios e a sustentabilidade da cadeia.

A iniciativa começou a ser realizada em novembro de 2018 e até o momento ocorreram diversos encontros intrasetoriais, como seminários e workshops, além de múltiplas conversas bilaterais entre este grupo.

Os Diálogos Pró-Açaí são uma iniciativa do Projeto Mercados Verdes e Consumo Sustentável, parceria entre o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) e Cooperação Alemã para o Desenvolvimento Sustentável (GIZ), conduzido pelo Instituto Terroá e consórcio Eco Consult e IPAM Amazônia, com apoio e cooperação do Projeto Private Business Action for Biodiversity (PBAB/GIZ), Projeto Bem Diverso (Embrapa/PNUD/GEF), Projeto Cadeias de Valor Sustentáveis (ICMBio/USFS), Plataforma Brasileira de Normas Voluntárias de Sustentabilidade, por meio do Inmetro, WWF-Brasil, e outros.

 

Habilitação no Programa Mais Leite Saudável poderá ser feita online.

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pedido de habilitação de laticínios e cooperativas de leite no Programa “Mais Leite Saudável” (PMLS), do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa),poderá, a partir de agora, ser realizado de forma online. A solicitação deverá ser feita pelo Portal de Serviços do governo federal – www.gov.br

O representante do estabelecimento interessado deverá, ao acessar o portal, clicar na categoria “Agricultura e Pecuária”. Na sequência, em “Licenciamento e Habilitação” e “Mercado Interno”. Neste link estará: “Habilitar Laticínios ou Cooperativas de leite no Programa Mais Leite Saudável” por onde poderá enviar o projeto, via web, de qualquer local do país.

O programa possibilita a laticínios e cooperativas usarem os créditos presumidos do PIS/Pasep e da Cofins de leite in natura, utilizado como insumo, além de beneficiar produtores de leite com assistência técnica.

O coordenador de Boas Práticas e Bem-Estar Animal do Mapa, Rodrigo Dantas, observa que para participar do programa – com a possibilidade de utilizar os créditos gerados a partir da compra e processamento do leite – os laticínios e cooperativas devem apresentar um projeto, com foco em assistência técnica gerencial. “As ações propostas devem corresponder, no mínimo, a 5% do valor de créditos a que tem direito, beneficie diretamente os produtores rurais de leite, promovendo o desenvolvimento da atividade, aumento de rentabilidade e melhoria na qualidade e produtividade do leite”, afirma.

Mundialmente, ressalta Dantas, o setor leiteiro se destaca por sua grande importância econômica, gerador de emprego e renda. O leite é o terceiro produto agropecuário em produção total e o primeiro em valor monetário, com indicativo de crescente demanda, segundo dados da Global Dairy Platform, uma comunidade que reúne laticínios, associações e órgãos científicos ligados ao tema.

O Brasil está entre os cinco maiores produtores mundiais de leite e o setor tem grande relevância socioeconômica para o mercado interno. A cadeia agroindustrial do leite reúne cerca de 1,2 milhão de produtores, presentes em 98% dos municípios.

“O aumento de produtividade e da produção, resultante de uma gestão profissionalizada e da utilização de ferramentas como inovação e tecnologia, aliados à melhoria na qualidade do produto, credenciará o Brasil como grande exportador de lácteos”, avalia o coordenador. 

Além de possibilitar o acesso a recursos, o “Programa Mais Leite Saudável” representa uma oportunidade para laticínios e cooperativas de leite melhorarem a produtividade e o rendimento de seus processos industriais e produtos finais, uma vez que passam a ter acesso a matérias-primas (leite) de melhor qualidade, com menor descontinuidade no fornecimento, estimulando a profissionalização e a competitividade na cadeia leiteira nacional.

Em 2020, o PMLS completa cinco anos, com 491 empresas participantes, 699 projetos executados ou em execução, beneficiando 67.085 famílias de produtores de leite, localizadas em 2.150 municípios em todo o país.

 

Vídeos orientam sobre etapas de produção do algodão orgânico e agroecológico.

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Durante o isolamento social para evitar a propagação do coronavírus, a Embrapa vem buscando estratégias para se manter próxima do agricultor. A equipe da Embrapa Algodão (Campina Grande, PB) está produzindo uma série de vídeos para orientar os produtores de algodão orgânico e agroecológico em todas as etapas de produção da pluma. “Enquanto não podemos estar pessoalmente no campo auxiliando os produtores, vamos produzir pequenos vídeos com o conhecimento necessário para ajudá-los a atravessar essa fase”, diz o agrônomo da área de transferência de tecnologia Felipe Guimarães, que está liderando a iniciativa.

O primeiro vídeo aborda a etapa de raleamento ou desbaste, que consiste em retirar o excedente de plantas 25 dias após o plantio para evitar a competição por luz, água e nutrientes. Na sequência, serão abordados temas como equipamentos para facilitar o trabalho no campo, tais como o flambador de sementes e a plantadeira de algodão; manejo de pragas, com ênfase no bicudo do algodoeiro; e finalizando com as etapas da colheita e beneficiamento.

Lives da Embrapa abordam Pasto sobre Pasto e Melhoramento Genético Bovino.

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Dois temas importantes para os pecuaristas brasileiros estarão em pauta através de duas lives realizadas na página da Embrapa no YouTube: “Pasto sobre Pasto – estratégias de manejo para uso de mesclas forrageiras visando melhor distribuição de forragem” e “Uso da genômica no melhoramento de gado de corte”. As lives ocorrem nos dias 19 e 26 de maio, respectivamente, às 19h. 

A primeira live será feita pelos pesquisadores Danilo Sant’Anna e Márcia Silveira, ambos da Embrapa Pecuária Sul, que apresentarão o tema Pasto sobre Pasto. O conceito une uma série de práticas de manejo que possibilitam o uso de mais de uma espécie forrageira na mesma área e ao mesmo tempo. Tem como objetivo, além de ofertar alimentação balanceada para os rebanhos, manter maior estabilidade da produção de pasto ao longo do ano, minimizando inclusive os períodos de vazios forrageiros. Durante a apresentação, os cientistas abordam temas como planejamento forrageiro para o Sul do Brasil; espécies forrageiras; estratégias de manejo; pilares do Pasto sobre Pasto, benefícios e particularidades; e aplicabilidade do conceito em outras regiões do Brasil.

“Em todo o território nacional, os sistemas de produção animal a pasto estão sob a lógica de buscar intensificar a produção, sendo que esta intensificação precisa ser sustentável e tem de levar em consideração os custos de produção. O contexto é favorável à discussão de possibilidades de uso de espécies forrageiras (gramíneas e leguminosas) associadas a estratégias de manejo de forma a propor sistemas de produção mais diversificados e equilibrados no que se refere à produção de alimento para o gado”, destacou Márcia. 

A segunda live será realizada pelos pesquisadores Fernando Cardoso, da Embrapa Pecuária Sul, e Roberto Torres, da Embrapa Gado de Corte. Os temas abordados serão: o estado da arte mundial quanto ao uso das tecnologias genômicas no melhoramento de gado de corte; os principais resultados/ativos gerados pela Embrapa e parceiros no tema; como está a realidade da adoção da tecnologia no Programas de Melhoramento no Brasil – exemplos de programas parceiros da Embrapa; como os produtores podem ter acesso à tecnologia; e quais serão os benefícios e impactos dessa tecnologia na pecuária nacional.

“Vamos levar informações de como os selecionadores podem aproveitar essa janela de oportunidade em que está se introduzindo a informação genômica nos programas de melhoramento – e isso vai resultar em ganhos genéticos maiores e a possibilidade de selecionar para novas características de alto valor econômico – para sair na frente e gerar diferenciais competitivos para os rebanhos nacionais”, destacou Cardoso.

Estação de monta: produtor precisa tomar algumas medidas para obter melhores resultados.

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Muito comum na pecuária, a estação de monta, prática em que fêmeas aptas para a reprodução são expostas ao touro, inseminação artificial ou transferência de embriões durante um determinado período do ano é importante para a concentração de partos e, consequentemente, de operações como desmama, vacinações e vermifugações. Mas o produtor precisa ter alguns cuidados para obter o melhor resultado possível na produção.

Zootecnista e técnico de campo do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural – Senar Alagoas –, Filipe Chagas explica que, além de padronizar os lotes, a estação de monta também permite ao produtor determinar a melhor época do ano para o nascimento dos animais.

“Em alguns períodos do ano, principalmente nos de chuva, os recém-nascidos, por não estarem com o sistema imunológico totalmente desenvolvido, são acometidos por algumas enfermidades, como os endo e ectoparasitas, ou problemas respiratórios. Com a estação de monta, é possível determinar a melhor época do nascimento e reduzir a taxa de mortalidade no rebanho”, orienta Chagas.

Segundo Filipe, a prática também ajuda o produtor a identificar os animais mais férteis e os que trazem prejuízo à produção. “Não é recomendável que as vacas que não emprenham durante a janela da estação de monta sejam mantidas na propriedade”, comenta o técnico de campo do Senar Alagoas.

Planejamento

Filipe Chagas explica que o melhor período para se fazer a estação de monta é o que garanta a melhor disponibilidade de alimento, em quantidade e qualidade para o rebanho. “Muitos estudos mostram que a nutrição é o principal fator para se ter sucesso na estação de monta, pois está vinculada à saúde e fertilidade dos animais”, comenta.

A recomendação é de que o pecuarista faça um planejamento forrageiro, verifique a situação dos equipamentos utilizados e se a mão de obra é capacitada. Também é importante fazer exames ginecológicos nos animais, para saber como está a saúde reprodutiva. “Todas essas medidas influenciarão muito na melhor elaboração da estação de monta e nos índices reprodutivos”, afirma Filipe.

A estação de monta deve durar entre 90 e 120 dias. “Mas é bom lembrar que a pecuária não trabalha com ‘receita e bolo’, portanto, essa duração vai depender muito da realidade de cada propriedade, da finalidade da produção – se é comercial ou de animais puros que vão para a pista –, como também da genética de cada animal. Nota-se, por exemplo, que os azebuados ou mais velhos necessitam de um período maior de estação de monta”, observa o zootecnista.