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A esperada dominância do Flamengo ainda não foi alcançada

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O Flamengo, maior time do Rio e também do Brasil, pelo menos em quesito financeiro, patina em campo desde o começo da temporada. Com muita dificuldade, o time conseguiu traduzir seu favoritismo desde as contratações vultuosas feitas pela sua diretoria com a compra de nomes como Giorgian De Arrascaeta e Rodrigo Caio em um título do Campeonato Carioca na primeira metade do ano. Mas isso era o mínimo que se esperava do time – e ainda assim, não eram antecipadas tantas dificuldades no caminho como as que o time rubro-negro enfrentou.

No Campeonato Brasileiro, as dificuldades persistem. O Flamengo não apresenta um bom futebol apesar da qualidade incontestável dos seus jogadores, o que torna muito difícil a vida deles e dos seus torcedores. Os resultados também não ajudam muito, já tendo amargado uma derrota para o Internacional e um empate para o São Paulo em jogos fora de casa.

É muito menos do que o Flamengo pode produzir. E infelizmente, o culpado pode estar nas linhas laterais do campo, com o técnico Abel Braga falhando em encontrar uma solução para os problemas mostrados pelo time desde que ele assumiu o comando dos cariocas no começo do ano.

Fonte: “P1000658” por Ed Johnson (CC BY 2.0)

Dos seus comandados, apenas o atacante Bruno Henrique, contratado do Santos, tem dado os resultados esperados. É um dos poucos pontos de brilho de um time que por grande parte do tempo se mostra completamente opaco, com poucas variâncias de ataque apesar de ferramentas que poucos times no Brasil têm como Gabriel Barbosa e Everton Ribeiro.

Apesar disso, o Flamengo ainda é visto como um dos favoritos a levar o título do Brasileirão. Nas apostas desportivas online da Betfair, o time se encontra em segundo lugar no favoritismo do campeonato com chances de 5.0, abaixo apenas do Palmeiras em primeiro lugar com 3.2.

E ainda que Abel Braga esteja balançando em seu posto atual, sua simples remoção não será o bastante. Não se o seu substituto for outro técnico com ideias antiquadas como a do treinador que apesar de muito vitorioso em sua carreira, não conseguiu renovar as suas ideias mesmo quando seu “ferramental” é de dar inveja aos seus colegas de profissão.

Se faz necessário que o Flamengo se junte a times como Fluminense e Santos, que resolveram apostar em alternativas bem mais antenadas às novidades e evoluções do futebol mundial do que os tradicionais líderes do futebol brasileiro. Alguém na linha de Fernando Diniz e Jorge Sampaoli, que mesmo com seus trabalhos sob pressão e escrutínio tem conseguido impressionar nas quatro linhas com recursos bem mais limitados que os do Flamengo.

Fonte: “Los Barros Schelotto en la 3ra Charla Magistral de Deportes” por Víctor Santa María (CC BY 2.0)

Para isso, o Flamengo poderia muito bem olhar para o mercado externo. Técnicos argentinos na linha de Sampaoli, como o ex-Boca Juniors Guillermo Barros Schelotto, que já quis treinar o rubro-negro, e o antigo técnico do Barcelona, Tata Martino, seriam excelentes substitutos de Abel Braga.

A nível interno, o trabalho de Tiago Nunes no comando do Athletico Paranaense chama a atenção desde que ele assumiu o cargo no ano passado, levando o time curitibano à Libertadores em uma forte campanha no Campeonato Brasileiro. O futebol praticado pelo seu time também é vistoso, assim sendo uma antítese ao que os técnicos da antiga linhagem do futebol brasileiro insistem em implementar em seus trabalhos.

Será somente assim, com a quebra dessa tendência, que o Flamengo dará os frutos esperados pela sua torcida. Enquanto a mudança não tomar forma, o time continuará patinando – para o desespero dos fãs, e a alegria dos rivais.

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